TrancaRua
Friday, December 12, 2003
Agora, minha maior preocupacao em relacao ao governo Lula e' a politica externa. Assim como a viagem anterior a Cuba, a provocacao aos EUA na recente viagem do Lula ao Oriente Medio foi olimpicamente ignorada aqui na corte. Restam as imagens do nosso estadista incensando ditadores de países de segunda linha.
Lula em viagem e' como aquele aquele anaozinho de jardim do filme "Amelie Poulain" que aparece em diferentes cartoes postais pelo mundo. Quem vem planejando as viajens rebeldes do anaozinho e' o grupo que aumentou seu poder no Itamarati depois da vitoria do PT, o dos "fidalgos revolucionarios" Marco Aurelio Garcia e Samuel Pinheiro Guimaraes.
O nucleo da politica externa que orientou todas as administracoes de 100 anos para ca foi fundido no Itamaraty. E importante distinguir que o Itamaraty e' estado, Lula, mais uma administracao. O trabalhismo Petista e o fidalguismo revolucionario Itamarataca confluiram neste governo revigorando a estrategia do "terceiromundismo" (que vem la da decada de 60) nas relacoes internacionais. E a prororoca ideologica que estende a luta de classes 'as relacoes entre as nacoes vai ganhando momento ate que, espadas em riste ! ... desfaz-se nas margens do rio das bravatas.
O ex-Chanceler Celso Lafer andou dando uma entrevista muito boa, criticando a linha atual da politica externa brasieira em que diz algo muito parecido ao que eu venho martelando neste blog (ver comentario anterior que tem extratos do Marx).
"Se o governo Lula transpuser para a política externa sua visão sindicalista de operário versus patrão, acho que há o risco de complicar a vida. O cenário internacional é um pouco mais complexo, mais diversificado e mais pluralista que isto." Para ele, "essa visita, como foi montada, é no mínimo discutível. O que o Brasil ganha com uma visita presidencial a Líbia e a Síria?", perguntou, para acrescentar: "Eu não consigo identificar. Do ponto de vista econômico, é claro que temos que criar oportunidades. Mas para fazer isso não precisa de uma viagem presidencial, que tem um componente simbólico. Tem o ministro do Desenvolvimento, que faz isso há muito tempo. Fazer essa viagem no primeiro ano de governo, quando se está definindo seu campo, é um equívoco de prioridade. Se eu fosse o presidente iria primeiro à China e Índia".
link para a entrevista na integra:
http://txt.estado.com.br/editorias/2003/12/10/pol024.html
Comments:
Post a Comment
